As palavras convencem, mas o exemplo arrasta.

Um pai decidiu levar seus filhos ao circo. Ao chegar à bilheteria, pergunta:

  • Olá, quanto custa a entrada?
    O vendedor responde:
  • R$ 30,00 para adultos e R$ 20,00 para crianças de 7 a 14 anos. Crianças até 6 anos não pagam. Quantos anos eles têm?
    E o pai responde:
  • O menor tem 3 anos e o maior 7 anos.
    Com um sorriso, o rapaz da bilheteria diz:
  • Se o senhor tivesse falado que o mais velho tinha 6 anos eu não perceberia, e você economizaria R$ 20,00.
    E o pai responde:
  • É verdade, pode ser que você não percebesse, mas meus filhos saberiam que eu menti para obter uma vantagem e a lembrança desta tarde não seria especial, na verdade seria terrível para o caráter deles. E finaliza:
  • A verdade não tem preço. Hoje deixo de economizar R$ 20,00, que não me pertenceriam por direito, mas ganho a esperança de que meus filhos saberão a importância de dizer a verdade. O atendente permaneceu mudo. Também ele teria uma tarde especial para se lembrar. Essa história ilustra uma cena em que os filhos presenciam uma atitude correta do pai. A história nos permite perceber que:
  • Nada deve substituir a verdade.
  • Educar é dar o exemplo. Jamais devemos fazer pequenas concessões à mentira, o preço é alto demais.
  • As palavras convencem, mas o exemplo arrasta.
    O exemplo é tudo.

    A corrupção começa nos pequenos gestos e são passados às novas gerações como algo comum, que não tem problema. Pense nisso…

A humanização no ambiente hospitalar

A humanização no ambiente hospitalar abrange vários profissionais e usuários e é uma qualidade necessária para um bom funcionamento do serviço e satisfação do paciente. Pesquisas feitas entre o período de outubro de 2010 e maio de 2011 mostraram que cada profissional pode ter um visão diferente de como funciona a humanização, baseado na situação de risco em que o paciente se encontra, podendo alterar os direitos garantidos aos usuários e, consequentemente, a relação entre eles e o agente de saúde.

Esse termo também engloba valores éticos voltados ao respeito com o outro. Diversas discussões levaram à criação de políticas públicas de humanização dos serviços de saúde que devem estar presentes não apenas nos hospitais, mas em todos os níveis de atenção à saúde. A expressão “humanização” vem sendo comumente usada no sentido de atender às necessidades do paciente que se encontra debilitado e precisa ser assistido em todas as suas necessidades, é possível notar que para realizar um bom trabalho e interação atendendo essas necessidades do paciente é imprescindível que haja comunicação no processo de cuidados.

A Política Nacional de Humanização (PNH) prevê uma melhora nos serviços de saúde por meio da valorização das relações entre as pessoas que participam desse processo. A psicologia auxilia nas análises sobre a humanização na Saúde Pública. Com respaldo em análises percebe-se então que para promover a humanização é preciso, além de ampliar a comunicação, conhecer as necessidades locais e promover locais para discussão. Quando não se considera os aspectos subjetivos e singulares de cada indivíduo, a Saúde Pública acaba por produzir pacientes temerosos e fragmentados, inseguros.

É perceptível que um trabalho realizado em ambientes com maiores tecnologias (ou de alta densidade tecnológica) é mais prático e até mesmo eficaz, entretanto, se não houver cautela, este pode ser um fator para a insatisfação da vítima no contato interpessoal com o profissional; confia-se, até mesmo involuntariamente, na suficiência de tais métodos, que não podem substituir o contato direto e respeitoso, como abordaram pesquisas feitas nas bases Lilacs e Pubmed – acolhimento e vínculo são indispensáveis para a obtenção de bons e duradouros resultados.

De fato, a dimensão dos profissionais no que se refere à humanização tem diferentes e variados significados e sentidos, que possibilitando a obtenção de categorias empíricas e bases mais concretas: a alteridade, direitos e autonomia dos usuários, informação e avaliação de risco. Situações cotidianas vivenciadas nas Unidades AMA influenciam as percepções sobre humanização e moldam a preservação das relações estabelecidas entre os usuários e profissionais.